Educadores do CEEJA de Marília participam de formação emancipadora!

A atividade formativa acontece em um trabalho pedagógico coletivo como espaço colaborativo, utópico, crítico e dialógico! O II Fórum de EJA, da região metropolitana de Campinas, acontece conjuntamente entre a ATPC do CEEJA e a atividade da UNICAMP, onde participam mais de 200 educadores da Educação de Jovens e Adultos, incluindo brasileiros e argentinos, na manhã desta sexta-feira.

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“Canção Óbvia”

“Escolhi a sombra de uma árvore para meditar
no muito que podia fazer enquanto te esperava
quem espera na pura esperança
vive um tempo de espera qualquer.

Por isso enquanto te espero
trabalharei nos campos e dialogarei com homens, mulheres e crianças
minhas mãos ficarão calosas
meus pés aprenderão os mistérios dos caminhos
meu corpo será queimado pelo sol
meus olhos verão o que nunca tinham visto
meus ouvidos escutarão ruídos antes despercebidos
na difusa sonoridade de cada dia.

Desconfiarei daqueles que venham me dizer
à sombra daquela árvore, prevenidos
que é perigoso esperar da forma que espero
que é perigoso caminhar
que é perigoso falar…
porque eles rechaçam a alegria de tua chegada.
Desconfiarei também daqueles que venham me dizer
à sombra desta árvore, que tu já chegaste
porque estes que te anunciam ingenuamente
antes te denunciavam.

Esperarei por ti como o jardineiro
que prepara o jardim para a rosa
que se abrirá na primavera.”

Poesia escrita por Paulo Freire quando estava exilado na Suíça, na década de 70.

Cultivando a paz para um mundo melhor

CEEJA: Educação para o Bem Viver

“Não pode haver desenvolvimento  sustentável sem paz. E não há paz sem desenvolvimento  sustentável”.

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Diante de problemas que nos deparamos como: violência, abuso, exploração, tráfico, tortura, fluxo ilegal de dinheiro e armas, cabe a sociedade desenvolver projetos com intuito de diminuir a desigualdade  social, desenvolvendo amplos programas de prevenção social e da violência voltados para os mais vulneráveis, de maneira participativa, adotar políticas antidrogas  e dessa forma contribuir para um ambiente pacífico para um ciclo sustentável  de redução da criminalidade  violenta no Brasil.

 

Resiliência

CEEJA: Educação para o Bem Viver

Por analogia, resiliência é a capacidade que temos de “voltar” ao estado normal após passarmos por situações de pressão, de estresse. Envergar sem quebrar! Afinal, resiliência é um atributo, um dom, uma capacidade nata, um aprendizado, uma habilidade capaz de ser desenvolvida?

RESILIÊNCIA: que bicho é esse ? – Clareando Ideias e Decisões

Por analogia, resiliência é a capacidade que temos de “voltar” ao estado normal após passarmos por situações de pressão, de estresse. Envergar sem quebrar! Afinal, resiliência é um atributo, um dom, uma capacidade nata, um aprendizado, uma habilidade capaz de ser desenvolvida?

A resposta é complexa e multifatorial, como a vida. Por isso, requer observação e cuidado para não começarmos a rotular as pessoas e a nós mesmos, em medidas de grande, pequena ou média resiliência. Os estudos ainda não são conclusivos, mas já trazem descobertas instigantes.

O ODS 3 diz: "Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades"

Na vida, nem tudo dá certo o tempo todo. Num único dia temos situações de alegria, prazer, desgosto, raiva e pressão. Recebemos notícias boas e ruins o tempo todo. Perdemos pessoas e coisas que amamos. Erramos. Convivemos com o diferente. Adversidades nos acompanham: a morte, perdas de dinheiro e dos amores são inevitáveis. Mas, na sociedade contemporânea, não estamos preparados para perdas; tudo tem que dar certo sempre. Por isso, a resiliência acaba ganhando destaque. Resiliência alta é quase sinônimo de pessoas de sucesso.

Pessoas resilientes têm maior capacidade de adaptação, aceitação de mudanças, flexibilidade, mantêm o foco pois se recuperam mais rápido, possuem maior controle das emoções, aceitam as diferenças com mais naturalidade, agregam pessoas, pois os relacionamentos se tornam melhores, avaliam melhor o todo de uma situação, são otimistas, encontram soluções mais rapidamente. O maior benefício mesmo é recuperar-se com rapidez e com menor “estrago”, ou seja, com consequências menores, tanto para elas mesmas, quanto para o ambiente que as cerca.

Portanto é uma habilidade importante e estudos mostram que pode ser desenvolvida, aprendida. A questão é querer e exercitar. A vida é cheia de obstáculos, por isso duas coisas são fundamentais: ter um objetivo, um propósito claro, e não desistir, mesmo se cairmos várias vezes.

Buen Vivir, ¿teoría o paradigma? - El Quinto PoderSer resiliente não é apenas ser persistente, insistente, é ser realista e ter objetividade. Também não é ser ingênuo. Uma atitude que ajuda é exercitar o conhecimento das próprias emoções, saber o que me deixa triste, alegre, com raiva; não ter medo das próprias emoções, identificá-las, dar nome a elas, e também dar tamanho, intensidade e razões. Outro aspecto crucial é estar em paz com a própria história, com o contexto em que fomos criados.

Depois, é claro, reconhecer seus talentos, refletir sobre os erros, aceitar quando não der certo, ouvir quando nos corrigem e saber esperar são atitudes que aumentam a resiliência.

Quando percebermos que está difícil melhorar sozinhos, ou quando algo está fugindo ao controle, devemos procurar ajuda profissional. Ter uma rede de apoio, com amigos e pessoas com quem partilhar a vida ajuda muito.

Pode parecer difícil, mas essa capacidade está dentro de cada um. Adotemos a postura do resiliente: recomeçar sempre, cada vez melhor, acreditando que o cérebro aprende e gosta dessas emoções! Algo muito interessante que ativa igualmente o cérebro é a gratidão! Sermos gratos! Desenvolver a gratidão em atos, em atitudes conosco e com os outros aumenta a resiliência!

Por: Darlene Ponciano Bomfim

*Matéria publicada originalmente na Revista Cidade Nova, em fevereiro de 2019.