A SOLIDARIEDADE NO BRASIL EM TEMPOS DE CRISE- COVID-19
Momentos de crise fazem as pessoas refletirem sobre sua própria condição social e seus valores. Os brasileiros, por exemplo, costumam se identificar com uma gente solícita, generosa e bondosa. Expressões como “pode entrar que a casa é sua” e “sempre cabe mais um” mimetizam esse pretenso espírito solidário, que sempre reaparece em situações de calamidade pública. São famosas as imagens de toneladas e toneladas de alimentos e roupas doados por e para gente anônima.
Como doação, entendemos a transferência para alguém de um dom, uma dádiva, um bem, sem esperar nada em troca. Há diversos estudos que comprovam que doar faz bem não somente para quem recebe, mas também para quem dá. Ajudar o outro estimula o brain reward system, um sistema de recompensas que é ativado no cérebro em situações de prazer como comer chocolate, e em situações de conforto emocional como o apego social em vínculos de longo prazo.
Doar diminui o estresse, melhora o funcionamento do sistema nervoso e do coração e aumenta a expectativa de vida. Já o altruísmo traz realização e satisfação de algo feito por prazer e não por obrigação; em tempos de crise, pode ser, inclusive, um bom instrumento para conforto mental.
a a sociedade.
A SOLIDARIEDADE SE MULTIPLICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
As pessoas na atual crise , procuraram ajudar de inúmeras maneiras entre elas: confecção e distribuição de máscaras, distribuição de cestas básicas; distribuição de marmitex aos caminhoneiros, fazem compras para os idosos e grupo de risco, entre inúmeras outras ações. No texto abaixo um exemplo de solidariedade para os Idosos de um Prédio. Pequenas atitudes provocam Grandes diferenças.
Idosos, pessoas com problemas psicológicos e indivíduos em situação de rua são beneficiados por iniciativas que se espalham pelo país diante do coronavírus.
Ações solidárias reduzem exposição ao coronavírus e estresse em grupos de risco Ilustração: SAÚDE/SAÚDE é Vital.
Neste momento de combate ao novo coronavírus, a solidariedade se tornou uma das principais armas contra a pandemia. Muitos voluntários têm se mobilizado para ajudar pessoas em estado de vulnerabilidade social, idosos —mais suscetíveis a complicações da Covid-19 — e quem precisa de apoio psicológico. Distribuição de alimentos, doação de produtos de higiene pessoal e consultas gratuitas são algumas das ações solidárias que se espalham pelo país. São cidadãos instituições se unindo para enfrentar e superar uma das maiores crises de saúde pública do mundo.
De acordo com Cris Fernández Andrada, professora do Departamento de Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a principal motivação das iniciativas solidárias está relacionada ao reconhecimento da dor do outro. “Seres humanos são seres coletivos que se identificam com a mesma condição diante de crises agudas que ameaçam nossa existência”, explica. Foi exatamente com esse sentimento de identificação que Talal Al-tinawi, engenheiro mecânico que atualmente vende comida síria, resolveu distribuir 300 marmitas para idosos da capital paulista. A ideia é oferecer uma opção para que os mais velhos continuem em casa, sem correr risco de contaminação pelo coronavírus.
Em 2013, no ápice da guerra civil na Síria, Al-tinawi buscou refúgio no Brasil. “Meu país já passou por quarentena e sei como é difícil. Além disso, os brasileiros me ajudaram muito para que eu me adaptasse ao país, então acho que essa minha atitude é uma forma de contribuir e agradecer ao povo que me ajudou”, conta.
Os idosos também são foco de atenção em um condomínio residencial no bairro da Vila Mariana, em São Paulo. A administração disponibilizou na portaria uma lista com nomes e contatos de voluntários para serem acionados por pessoas do grupo de risco quando precisarem fazer algum serviço na rua. Por ter mãe e avó idosas, Silvia Vilhena, professora de inglês, teve empatia e se propôs a ajudar, fazendo compras no mercado e buscando remédios para idosos do edifício para que eles sigam a quarentena.
A solidariedade se multiplica durante a pandemia de Covid-19
O QUE PODEMOS ESPERAR DEPOIS QUE TUDO ISTO PASSAR? TUDO VOLTARÁ A SER COMO ANTES?
COM TODA CERTEZA NÃO! MAS UMA COISA NÃO PODEMOS DEIXAR MUDAR – A VONTADE DE LUTAR E SONHAR POR DIAS MELHORES- FORÇA, FÉ NO QUE VIRÁ POIS: “NÓS PODEMOS MUITO, NÓS PODEMOS MAIS”
Fontes:
Tiago Varella, da Agência Einstein – Atualizado em 1 jun 2020, 12h27 – Publicado em 10 abr 2020, 16h06
Escola aberta. Disponível em escolaaberta3setor.org