COVID19 x Meio Ambiente

 

Movimento Educação para o Bem Viver

(Tema 2 de 5)

“A COVID-19, que emanou da natureza, mostrou como a saúde humana está intimamente ligada com a relação que temos com o meio ambiente. À medida que invadimos a natureza e esgotamos habitats vitais, um número crescente de espécies está em risco. Incluindo a Humanidade e o futuro que queremos”, como diz o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres

Já sabemos que o desmatamento causado pela atividade agropecuária é o maior responsável pelas emissões dos gases de efeito estufa no Brasil. 72% das emissões vêm desse setor.  Se a agropecuária nacional fosse um país, seria o oitavo maior poluidor do planeta. Nessa conta entra gás carbônico (CO²), metano (CH4), óxido nitroso (N²O), um gás 265 vezes mais danoso que o CO².  

Mas o que temos a aprender com essa relação “COVID-19 x Meio Ambiente?”

No passado, os coronavírus que acometiam os humanos causavam apenas infecções leves. Isso mudou em 2002, quando o vírus SARS-CoV se apresentou como a doença que agora conhecemos como SARS. Em 2020, um parente desse mesmo vírus, o SARS-CoV-2, se apresentou como a COVID-19.

Doenças zoonóticas são doenças transmissíveis “entre” os animais e o homem. Na imagem acima, se colocarmos um único porquê para todas essas mazelas (desmatamento, o criminoso comércio de animais silvestres, a intensa produção agrícola e pecuária, a resistência antimicrobiana e as mudanças climáticas), uma única resposta seria: O CONSUMO DE PROTEÍNA ANIMAL!

Algumas das razões pelas quais essas doenças estão mais frequentes são a crescente aproximação entre animais selvagens e humanos, a invasão de habitats naturais, a urbanização e o desenvolvimento socioeconômico.

À medida que a população humana cresce e as economias se desenvolvem, a demanda por alimentos e outros bens também aumenta. Indústrias como a agrícola são intensificadas. O uso da terra, as mudanças climáticas, o desenvolvimento econômico, o crescimento populacional e as pessoas que vivem em áreas densamente povoadas contribuem para o surgimento de zoonoses, facilitando a disseminação de patologias entre animais e seres humanos.

Como a natureza nos protege de pandemias?

 

Porém, o que vemos de nossas autoridades governamentais é o contrário do que se espera. Vemos a fragilização de leis que pode reduzir em até 10% a abrangência de territórios protegido na Mata Atlântica, além da anistia que permite o retorno de proprietários rurais (os ditos Grileiros) que desmataram e ocuparam áreas de proteção.

Em paralelo vemos a Amazônia ser “normalmente”  desmatada. Estima-se algo em torno de 20.000 km² de áreas nativas desmatadas anualmente ou um campo de futebol a cada oito segundos. Essa política resulta no maior desmatamento já registrado nos últimos 10 anos, de abril de 2019 à abril de 2020 um aumento de 171% acabando com habitats naturais. Isso nada mais é que a privatização de terras públicas invadidas ilegalmente!

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O interesse em comida vegana e seus benefícios à saúde vem crescendo em todo o mundo. Não podemos querer um mundo melhor e conter os impactos ambientais se não pensarmos a dieta vegetariana como base. É preciso repensar o mundo pós pandemia!

 

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