Superação: escrevendo uma nova história

Olá meus amigos, eu sou a Maria do Carmo de Assis da Cruz e estou aqui nesta minha caminhada. 

Desde os 49 anos estou aqui motivando tu, esperando tu a ter uma vida mais fantástica. É possível, claro que é possível. 

Vamos escrever uma nova história, mas dessa vez mais feliz, isso sim é possível.   

Hoje aos 49 anos depois de ter uma história com muita dificuldades e decepções, preocupação muitas noites sem dormir com lágrimas que escorriam com 3 filhos pequenos, divorciada aos 30 anos por ter me casado muito jovem aos 18 anos, sem nenhuma estrutura.

Fiquei casada por 13 anos, após o término do casamento fiquei sozinha com os 3 filhos pequenos, com a ajuda somente de Deus. O meu ex-marido não pagava pensão, eu estava desempregada passávamos por muitas dificuldades financeiras e por esse motivo tive várias experiências. 

Com a providência de Deus eu recebi por muitas vezes compras completas com tudo que precisava, que até hoje não sei quem nós enviaram. 

Achei em uma loja uma revista que ensinava a fazer artesanato em meia de seda e comprei. Eu tinha  R$30,00 reais, mas precisei pedir para minha prima que morava em São Paulo comprar os materiais. 

E assim comecei a fazer flores e imãs de geladeira. Reciclava vaso de bambu e cipós. 

Saía pelas ruas vendendo. Viajei até aqui em Marília. Eu vim de carona em uma manhã gelada  de inverno vender em frente do hospital HC e com isso eu conseguia pagar água, luz e comprar alimentação, mas não era suficiente para pagar os aluguéis. 

Fui despejada de uma casa que morava, fui pra outra casa de madeira bem mais inferior e continuei a fazer artesanato. Depois mudei pra uma casa melhor e nessa casa morei 11 anos até que Deus me preparou uma casa própria da CDHU.

Consegui um emprego na fábrica de seda Bernardim Seda, onde trabalhei por 5 anos na confecção de almofadas, mas o salário era R$350,00 reais e eu ainda pagava aluguel que era na época R$150,00. Não sobrava quase nada. 

Então apareceu uma oportunidade de comprar uma pequena barraca para que eu vendesse meus artesanatos. Porém iria acontecer uma festa junina na fábrica e me perguntaram se eu não queria vender pastel. Então nesse dia fui trabalhar nessa festa junina e vendemos mais de 300 pastéis, foi um desespero pois eu não sabia como fazer, mas fiz.

A partir disso comecei a vender pastel. Trabalhei em muitos rodeios, festas e depois de um tempo abri minha própria pastelaria. Hoje já fazem 17 anos que estou trabalhando no ramo e tanto que sou conhecida como Maria do Pastel.

Durante esse tempo eu formei dois filhos na faculdade, hoje volto a escola e me candidatei ao conselho tutelar, mas era preciso ter Ensino Médio. Então estou aqui em busca de mais essa superação. 

Estou amando essa experiência de estar aqui na escola. Nunca é tarde para recomeçar. Gostei muito da oficina da horta onde me senti de volta ao jardim de infância e também tive a oportunidade de aprender informática que foi muito bom. 

Fiquei maravilhada em ver pessoas de todas as idades. Pretendo continuar a me reinventar e buscar novas oportunidades para um nova história.